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Servidores definem rumos de campanha salarial nesta quinta
Reportagem

Servidores definem rumos de campanha salarial nesta quinta

Protestos. Categorias
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Tipo Notícia

Adiada na semana passada, a reunião de representantes dos servidores do Estado com o Governo do Estado está prevista para a manhã da quinta-feira, 30. A campanha salarial é o principal ponto do encontro.

Representantes de diversas categorias falam em 20,64% de reajuste, baseado em cálculo de defasagem dos proventos em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016 a 2018. Se considerado o acumulado desde 1999, a desvalorização chegaria a 85%.

"Vamos à luta esperando conquistar algo. A notícia (de que o reajuste acompanharia apenas a inflação) foi surpresa. O secretário Mauro Filho falava que a economia do Estado andava bem. Do dia para a noite, ele fala em luz amarela (na manutenção da capacidade de investimento do Estado). Após a negociação na reunião vamos deliberar com a base", resume Rita Gomes, coordenadora jurídica do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais (Fuaspec).

Para professores e agentes de saúde, que têm piso assegurado por lei federal, o reajuste será diferenciado. A expectativa é que o aumento, de 4,17%, comece a ser concedido em folha de pagamento a partir de agosto.

Ontem, servidores já protestavam com cartazes antes mesmo do anúncio de suspensão temporária dos concursos públicos e negativa ao ganho real no reajuste. "Não adianta dizer que o Estado tem boa gestão fiscal mas ter os servidores com salários depreciados, corroídos pela inflação", disse Tiago Monteiro, presidente da Associação dos Auditores de Controle Interno do Estado (AACI). Também manifestaram desgosto, estatutários da Agência Reguladora do Estado (Arce), Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) e Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Para Rita, serviço público tem excelência quando há concursados, que estudaram e são preparados para a atividade. "O Governo tem consciência desses mais de 20% de perda salarial durante a gestão Camilo Santana (PT). Atinge as categorias em geral, além das promoções atrasadas e dos concursos necessários. Há excesso de terceirizados e eles são explorados porque não podem reclamar. Se fizerem isso, vão para fora", denuncia a coordenadora do Fuaspec. (Lucas Braga)

 

Redução

Secretário do Planejamento e Gestão, Mauro Filho já havia anunciado redução de 10% no quadro de funcionários terceirizados. O objetivo é economizar cerca de R$110 milhões.

 

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